O que é a prova de vida do INSS?
A prova de vida do INSS é um procedimento que visa comprovar que o beneficiário continua vivo, garantindo a manutenção do pagamento dos benefícios previdenciários e evitando fraudes. Trata-se de uma exigência legal que, por muitos anos, obrigava os segurados a comparecerem presencialmente aos bancos para realizar o procedimento. No entanto, com o avanço da tecnologia e a necessidade de modernização dos serviços públicos, o modelo passou por mudanças significativas nos últimos anos.
Quem precisa fazer a prova de vida?
Todos os beneficiários que recebem pagamentos contínuos do INSS, como aposentadoria, pensão por morte ou benefícios por incapacidade, continuam sujeitos à obrigação da prova de vida. O que mudou não foi a exigência, mas sim a forma como essa comprovação é feita. Ou seja, o INSS ainda precisa ter certeza de que o segurado está vivo, mas agora ele utiliza métodos digitais e cruzamento de dados para fazer essa verificação.
Quando deve ser feita?
A periodicidade da prova de vida permanece anual. Porém, o INSS passou a utilizar o prazo de até 10 meses após a última movimentação registrada em seus sistemas, seja uma atualização cadastral, um saque bancário ou outro registro de atividade oficial, para tentar confirmar automaticamente a vida do segurado. Após esse período, caso não consiga comprovar a existência do beneficiário, o INSS emite uma notificação e concede mais 60 dias para que o segurado se manifeste e faça a comprovação manualmente.
Como o INSS confirma a prova de vida em 2025?
A grande mudança está na substituição da prova de vida presencial pela prova de vida digital e automatizada. Desde 2023, o INSS passou a utilizar dados de diversos órgãos públicos para verificar se o segurado continua ativo na sociedade. Isso inclui registros de acesso a serviços públicos, movimentações bancárias, declarações de imposto de renda, atualizações no CadÚnico, vacinação no SUS, emissão de documentos como passaporte ou RG com biometria, entre outros.
Com essas informações, o INSS consegue confirmar, de forma segura e automatizada, que o beneficiário está vivo, sem necessidade de qualquer ação por parte dele. Isso representa um grande avanço em termos de comodidade, especialmente para idosos e pessoas com dificuldades de locomoção.
O que acontece se o INSS não conseguir confirmar?
Se, após o prazo de 10 meses, o INSS não conseguir comprovar a vida do segurado, o próprio sistema enviará uma notificação oficial por meio dos canais autorizados: aplicativo Meu INSS, portal Gov.br. Nessa notificação, o beneficiário será informado de que precisa realizar a prova de vida manualmente.
Essa prova de vida pode ser feita por meio de reconhecimento facial digital, disponível nos aplicativos Gov.br e Meu INSS, se o segurado tiver a biometria cadastrada. Também é possível realizar o procedimento presencialmente em agências bancárias credenciadas ou nas agências do INSS. Para segurados com graves problemas de saúde ou acamados, é possível solicitar a visita domiciliar, mas essa opção é excepcional e exige documentação médica comprobatória.
O que pode acontecer se você não fizer?
Se mesmo após a notificação o segurado não fizer a prova de vida, o INSS poderá bloquear temporariamente o benefício. Esse bloqueio é uma medida cautelar e serve para evitar pagamentos indevidos. Se a situação continuar sem regularização, o benefício será suspenso, e, em última instância, poderá ser cessado. Ou seja, deixar de comprovar vida pode levar à perda do benefício, algo que pode ser evitado com atenção às comunicações do INSS.
Como acompanhar sua situação?
É fundamental que os segurados se mantenham atentos aos canais oficiais do INSS. O aplicativo Meu INSS e o site meu.inss.gov.br permitem consultar a situação do benefício, verificar notificações e, quando necessário, realizar a prova de vida. O telefone 135 também continua sendo um canal importante de atendimento.
Além disso, é essencial manter os dados cadastrais atualizados, especialmente endereço, telefone e e-mail.
Conclusão
Em 2025, a prova de vida do INSS evoluiu para um modelo mais moderno, automatizado e menos burocrático. Ainda assim, é dever do segurado acompanhar sua situação e responder às notificações oficiais quando necessário. Estar em dia com a prova de vida é garantir a continuidade do seu benefício e proteger o seu direito previdenciário. Manter-se informado é a melhor forma de evitar surpresas desagradáveis.